História com/da Arte

 

Foi nessa escola particular e pequena (Camaragibe/PE) que, pela primeira vez, entrei numa sala de aula regular como professor de Educação Artística por um semestre. Ou seja, minha primeira experiência em sala de aula não foi como professor de História. Aproveitei o convite/oportunidade e combinei com as outras atividades desenvolvidas no momento e ligadas à arte-educação (animação cultural e alfabetização).

Foi nessa escola que senti a dinâmica de uma escola (planos de aula, aulas, acompanhamentos individuais, revisões, avaliações e reuniões). Foi nessa escola que comecei a perceber que não há um abismo apenas entre escola pública e particular, assim como entre escolas públicas e entre escolas particulares. O atraso de pagamento era constante e as formas de pagamento diversas - onde o diretor preocupava-se mais com a banda de brega que produzia. Foi nessa escola que, pela primeira vez, tive(mos) de lidar com a morte precoce de um aluno, o José.

A metodologia era simples: trabalhar o artístico por meio de temas históricos. Era o começo dessa união entre criação e conteúdo que passei a não ignorar e a sempre estimular. Formas outras de retratar temas históricos são tão - ou mais - potentes do que lições de casa, resumos no quadro e provas. Um caminho sem volta para mim - sem ainda perceber - como a paixão pelo Fundamental (II).

Apenas depois dessas três experiências (animação cultural, alfabetizador e professor de Educação Artística) é que mergulhei em sala de aula como professor de História. Não mais na minha terra, nos arredores da minha cidade, mas em São Paulo.

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