Cartas autorais de alunos feudais



Carta de Bruna Pereira

Excelentíssimo senhor feudal Marcos César,

É com pesar que tenho que pedir para o cardeal da igreja local para lhe informar sobre o desastre da colheita de seu feudo. Metade desta foi arruinada pelos motivo de não ter sido colhida na época em que os frutos estavam em seu auge.

A colheita foi, infelizmente, desastrosa pelo motivo que o senhor já deve imaginar. A Batalha de Poitiers que durou sete dias, sete longos e dolorosos e difíceis dias, não nos deixou fazer nada para mudar. Foi impossível colhermos porque o senhor deve saber que fomos obrigados a parar tudo o que estávamos fazendo para auxiliar o governo local e a igreja.

Desde já pedimos desculpas!

Seu servo leal,
Levis Gorgô

Carta de Giovanna  Polycarpo

Prezados Duque e Duquesa da França, 

Por obséquio, poderiam dar o ar de suas graças em nosso modesto feudo na Itália para o baile de casamento  de minha filha primogênita? Ofereceremos uma imensa ceia e seremos acompanhados do Rei e da Rainha da França.

Se vossas graças aceitarem, ofereceremos a carruagem de ouro, cravada de joias e rodas de mármores, cavalos altos e fortes e um servo confiável de minha família para acompanhá-los na ida e no retorno.

A cerimônia acontecerá no dia 19 de março e teremos noventa e sete mil servos à disposição, divididos no equivalente a duzentos hectares de terra, onde acontecerá a festividade.

Agradeço o vosso tempo, 
Marquês e Marqueza da Itália.

Carta de Giulia Ferrari

Vossa Santidade,

Estou escrevendo esta carta com muita dor no coração. Infelizmente, me obrigo a pedir encarecidamente que o senhor me liberte de minhas obrigações com Deus. Peço perdão por tal calamidade.

O motivo desta triste decisão se refere a pecados que cometi que nenhum padre digno deveria as ter realizado. Acho que não acredito mais na Igreja Católica. Amo ser padre, mas creio que nao esteja respeitando minhas próprias crenças, pois tenho fé em outro deus.

Procurei entrar em contato com o bispo Marco Antônio, que cuida de minha paróquia, mas este está viajando. Tentei também com todos os outros participantes do clero, mas meu caso é muito raro e estes não puderam atender as minhas indignas necessidades humanas.

É por isso que me ajoelho em respeito à Vossa Santidade, Papa João Cardoso III, e peço que me castigue de qualquer forma para que eu possa lavar minha alma dos meus pecados.

Atenciosamente, 
José Carlos, padre da paróquia de São Pedro.

Carta de Guilherme Ganen

Claudia,

Tochas cintilavam em direção de nossa vila. Talvez fosse um ataque.Eram multidões e passaram pelas nossas muralhas. Logo percebi que estávamos correndo um grande perigo. Ouvi gritos e choros por toda a vila. Também vi casas pegando fogo e guerreiros caídos por toda parte. Era pior do que eu pensava. Foi uma noite de trevas. Perdi quase tudo que tinha e por pouco não perdi minha vida. Foi um ataque surpresa e não tivemos chances de nos defender.

Depois surgiram os cavaleiros e mais guerreiros para o contra-ataque, que poderia salvar nossa vila e era nossa única esperança. Passaram horas de batalha e derramamento de sangue. Saímos vitoriosos, porém vários guerreiros importantes morreram e também perdemos nossos bens materiais.

Terei que recomeçar minha vida e recuperar tudo o que perdi. Ainda choro pelos bravos guerreiros e cavaleiros que morreram salvando nossa vila. Eles são verdadeiros heróis e hoje todos estão de luto. Por enquanto, me encontro em uma moradia precária e simples onde estou morando de favor. Não pretendo ficar aqui por muito tempo. 

Em breve nos veremos de novo,
Guilherme Auditore.

Carta de Heitor Faria

Para meu irmão, 

Em nosso vilarejo mais uma batalha foi travada entre os cavaleiros de nosso reino e os do reino vizinho. Nosso povo está em luto, pois Enestor, nosso poderoso e grande rei se perdei em meio à imensidão de campos e florestas de nosso reino e foi achado deitado em uma pedra tenso o seu sono profundo e eterno, com um machado cravado em seu peito.

As perdas foram milhares, mas nenhuma tão marcante e triste quanto a de Enestor, o rei, que muito consideravam pai e eu considero uma lenda: uma vitória não é nada se com ela perde-se um grande homem.

Joaquim Minenonti Vasconcelos.

Carta de Lívia Tadei

Queria mãe, 

Soube que a guerra que papai participou não foi finalizada com sucesso. Morreram muitos homens e muitos estão feridos. Papai é um deles. ele está muito doente. Queria que estivesse aqui para me ajudar a curá-lo.

Outra guerra foi marcada e o papai foi chamado. Acho que vou lutar no lugar dele escondido. ele não tem condições de lutar. Alguns guerreiros, infelizmente, se aliaram contra nós. Estavam com medo de morrer porque o exército oposto era o dobro do nosso.

Precisamos de você. Enquanto luto na guerra, você cuida do papai.

Com amor, 
Sua filha.


Carta de Luan Chinazzo

Prezada família, 

Estou escrevendo a vocês, que estão do outro lado da cidade, com a ajuda de um padre da Igreja Católica.

Estou bem e morando em uma parte da terra que o senhor feudal me cedeu. Ele é meu suserano e pago vários impostos por ser uma pessoa que reside na terra dele e por utilizar suas ferramentas. Tenho que trabalhar duas ou três vezes de graça nas terras dele e também dar mais ou menos trinta a quarenta por cento do que planto em minha terras a ele.

Eu trabalho de servo porque Deus quis que eu fosse assim. Então, não devo reclamar e apenas agradecer. Também existem os camponeses, os nobres e o clero, que tem mais dinheiro e poder. Mas o que importa é ter o que comer e que tenho onde morar.

A igreja moraliza a sociedade e valoriza a educação, as artes e a cultura grega e romana. Ela Também controla o poder e o conhecimento. E nós, que somos servos, apenas obedecemos.

Vou me despedir com muitas saudades e espero encontrá-los em breve.

Com amor,
Luan Freitas Chinazzo. 

Carta de Rodrigo Caciquinho

Caros nobres,

Daqui a algumas horas, o inimigo atacará. Preparem-se para ficar na linha de ataque para proteger a cidade. Caso precise de reforços me mande uma carta de volta que eu lhe ajudarei. Já estou enviando outros nobres para te ajudar. O inimigo poderá entrar pelo sul ou pelo leste da cidade. Isso foi o que o mensageiro me falou. Mas com os nobres que irei mandar poderemos observar todos os cantos da cidade.

Espero que tenhamos uma boa luta e que sejamos vitoriosos.

Abraços, 
Senhor feudal.

Carta de Rodrigo Piscina

Caro Edgar,

Te escrevo esta carta para lhe falar um pouco de como é minha rotina, minha vida, a paisagem que tenho e como é a sociedade em que vivo.

Bom, em troca de proteção e do direito de usufruir da terra, tenho que cultivar os terrenos recebidos e as terras privadas do senhor. Bem que eu gostaria que isso mudasse. Mas se Deus quis assim, quem sou eu para contrariá-lo?

De minha humilde casa, quase tudo que vejo é a enorme casa de meu senhor. Mas também consigo enxergar um belo bosque atrás. A sociedade em que vivo foi estruturada por um bispo do século XI, chamado Adalberón de Laon.

Abraços, 
Antônio de Lovass, camponês.

OBS: Escrevi essa carta com a ajuda do padre Cicílio.

2 comentários:

  1. achei bem interesante essas cartas eu vou até copiar uma pra mostrar pra minha professora de historia que ele mesma pediu.

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  2. Adorei ler essas cartas,e tbm me ajudaram muito.pois tenho um trabalho para fser,exat exatamente sobre isso.
    Glauce heHel

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