E mais uma caminhada chega ao fim...


Em março de 2003, com apenas dezenove anos, eu entrava em contato com os meus primeiros alunos em uma escola da periferia recifense. De lá pra cá, fui abraçando cada vez mais a Educação a partir dos momentos de alfabetização de jovens infratores em reclusão, das aulas em escolas particulares - recifenses e paulistanas - pequeninas e bem problemáticas, do mestrado na área da Educação, da participação em cursos e eventos acadêmicos, dos rascunhos e da criação de uma consultoria com amigos-professores, da criação de espaços de encontros virtuais, pelo blog e por terras facebookianas... enfim, das práticas cotidianas.

Agora, final de 2012, tenho a oportunidade e o privilégio de comemorar 10 anos de docência. E nada mais justo do que compartilhar e agradecer a todos aqueles que estiveram comigo durante essa caminhada e esse ano nada comum e, diga-se de passagem, bastante especial. Vamos lá!

Aos alunos, pela confiança e pela paciência. 

[Neste ano agitado e corrido, entrei em contato com centenas deles. Continuei a caminhada, no Colégio Módulo, com a galerinha dos Sétimos Anos - que apresentou, ao longo de dois ano, um amadurecimento surpreendente, como pequenos historiadores e humanos -; recepcionei mais três turmas de Sextos Anos - todas agitadas e, por isso mesmo, bastante produtivas - com atividades bem inusitadas e muito divertidas; esbarrei, no Colégio Eco, com seis turmas de Ensino Médio - uma garotada muito "do bem" - e várias inesquecíveis questões e discussões, tanto engraçadas como sérias; convivi com duas turmas do Colégio Branca Alves de Lima repleta de alunos disciplinados e inteligentes - era muito prazeroso nossos encontros semanais, muito mesmo! não esquecerei de nenhum! -; e tive o prazer de conhecer cinco turmas do Colégio São João Gualberto - duas Oitavas, uma galerinha respeitosa e bem ativa, e três Nonos, descolados, atentos e falantes, no bom sentido...

Para aqueles que encontrarei em breve, aproveitem as férias e recarreguem a energia porque no ano que vem tem muito mais! Para aqueles que deixei e deixarei de encontrar, continuarei, de longe, disponível e torcendo por todos! Usem, todos, o clima do final de ano para fortalecer os laços familiares e rascunhar os planos, as metas, os projetos e os sonhos... A família é tão importante como destino que queremos! Juízo!]










  



 


 


   

 


 





Aos companheiros de trabalho, pela confiança e pela paciência, igualmente.

[Neste ano agitado e corrido, entrei em contato com dezenas deles. Gostei, mais uma vez, de conviver com a equipe do Colégio Módulo: cada ano que passa, o "bom dia" e o "boa tarde", do terceirizado e dos inspetores às altas patentes, vai se tornando mais familiar. Foi muito bom transformar alguns em amigos e por isso, agradeço, em especial, a credibilidade e a atenção da Alessandra; o companheirismo e a disposição da Sandra, da Gisele e da Prycilla; o carinho da Roberta, da Patrícia, das Adrianas Gallao e Célia e da Yaeko - e da Ju, do Fund I; e da simpatia da Andrea, do Edu, da Tatiana, da Renata, da Cris e do João... entre outros! 

Da mesma maneira, assim como gostei de trabalhar com minha primeira amiga paulistana, Janaína, no Colégio Branca Alves de Lima e de conhecer Andreia, gente finíssima, gostei muito de integrar a equipe do Colégio Eco - o Fabiano, o Valter e o Gabriel, principalmente - e de cultivar uma amizade pra lá de saudável com a Sindy e a Vanessa... A essa última, agradeço, em especial, por me guiar ao Colégio São João Gualberto e me recepcionar tão bem, como também fizeram a Luciane, Juliana, Samira, Mylene e  diversos outros professores e funcionários, que, em pouco tempo, juntos, permitiram que eu me sentisse em casa!

Para aqueles que encontrarei em breve, aproveitemos as férias para descansar e pensar como perturbar a paz dos nossos alunos da melhor maneira possível! Para aqueles que deixei e deixarei de encontrar, que continuemos acreditando na promoção de uma educação de qualidade, comprometida e séria! Um novo ano de muita saúde, muito trabalho, muito sucesso e muito dinheiro pra todos nós!]




A alguns pais de alunos, dezenas de ex-alunos, colegas, amigos e familiares, 
pelo reconhecimento, apoio e estímulo.

Que 2013 seja um ano surpreendente para as nossas histórias "individuais e coletivas"! Que sigamos com muita saúde e dispostos a aproveitar as melhores oportunidades oferecidas, sem medo e com muita confiança! Que continuemos fiéis ao que somos e acreditamos e prezemos, acima de tudo, por relações humanas cada vez mais sinceras! E que a educação continue a ser uma prioridade para todos nós...

Muito obrigado: aprendi demais com todos vocês!

Boas festas e férias, 
Um forte abraço, 
Danilo Cardoso

Projeto "O que há de negro em nós?" - Ano I

Gostaria de parabenizar todos os grupos do projeto por sua participação em todas as suas etapas! Melhor do que reconhecer a qualidade dos diferentes e excelentes resultados - as pesquisas biográficas, os seminários, as instalações, as cartas e as produções plásticas com natureza morta -, é vê-la reconhecida por alunos de outras turmas, por outros professores, por pais, pela coordenação e pela direção! Isso não tem preço e o mérito é todo da nossa dedicação ao longo desses três meses: professores e alunos. Foi um prazer mediar os passos dessa caminhada com os Sétimos Anos e em real parceria com Gisele Simões, professora de Educação Artística, e Sandra Martins, professora de História, principalmente. Que levemos conosco as impressões mais humanas derivadas desse tema tão rico e fundamental - a cultura afro-brasileira - na tentativa de combater angústias históricas e evitar atos discriminatórios nas relações sociais cotidianas... 

Para entender o projeto e seus primeiros passos, clique aqui!

Transformando a natureza morta em cultura afro-brasileira

Atividade plástica realizada no Parque do Ibirapuera após uma visita ao Museu AfroBrasil e orientada por Gisele Simões, professora de Educação Artística. Para conferir essa etapa do projeto, clique aqui!

As raízes africanas


As máscaras africanas


O tráfico negreiro e o (ab)uso da violência


O banzo dos escravos e a saudade das terras africanas


Os quilombos como resistência organizada



Mais do que uma questão de pele...


 

A relação da negritude com a paixão nacional


A matriz africana por toda parte: da infância à estética


A cultura afro-brasileira e a nossa identidade nacional


As instalações artísticas: cultura afro-brasileira e personalidades negras


Nelson Mandela...


... Grande Otelo, Milton Gonçalves e Oswaldo de Camargo...


... Martin Luther King...


... Machado de Assis e Gilberto Gil...


... Emicida...


... Alcione...


... Abdias do Nascimento...


... Anderson Silva e Garrincha...


... Benedita da Silva e Marina Silva...


... Castro Alves...


... Daiane dos Santos...


... Taís Araújo e Lázaro Ramos...


... e Bom Marley.

Citações das personalidades para pensar...












 "Cartas aos afrodescendentes": algumas das [melhores] produções de texto





Compartilhando um pouco da exposição, premiação de encerramento e das visitações...






Bate-papo final a partir do poema Vozes-mulheres, de Conceição Evaristo.

A voz de minha bisavó 
ecoou criança
nos porões do navio.
Ecoou lamentos 
De uma infância perdida.


A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.


A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
No fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela.


A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e fome.


A voz de minha filha 
recorre todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.


A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem - o hoje - o agora.

Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.





E o grupo do Bob Marley venceu
o Machado de Assis - segundo lugar - e o Castro Alves - terceiro lugar!


Operação concluída com sucesso!



Um antigo laboratório de informática virou uma sala de museu!