O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) surpreendeu a todos quando levou ao ar a produção Amor e Revolução, escrita por Tiago Santiago, com colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva, e sob a direção de Reynaldo Boury, Luiz Antônio Piá e Marcus Coqueiro. Toda ela tinha como pano de fundo o contexto histórico da última ditadura militar brasileira no qual viveram muitos dos nossos familiares - pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, avós, bisavós, entre outros - e parentes dos nossos amigos e conhecidos. Ao final de cada capítulo, depoimentos relatavam a ação dos militares para com todos aqueles considerados "nocivos à nação" - "subversivos", como costumam denominar todos os contrários ao regime. Confira alguns deles para fazer com que este episódio não seja esquecido e o seu retorno nunca seja possibilitado!
Fascismo & Nazismo
FASCISMO
- Desestrutura pós-guerra, alto desemprego e dívidas com ingleses e estadunidenses.
- Mussolini: professor primário, jornalista e defensor do socialismo.
- A fundação do movimento Fasci italiani di combattimento.
- O nacionalismo exagerado: nação forte, unida, sem luta de classes.
- A alusão ao Império Romano: "Acreditar, obedecer e combater!".
O fascismo não crê, nem na possibilidade, nem na utilidade de uma paz perpétua. Só a guerra leva ao máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que têm coragem de afrontá-la. Para nós, fascistas, a vida é um combate contínuo e incessante [...] O princípio essencial da doutrina fascista é a concepção do Estado. Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. O indivíduo está subordinado às necessidades do Estado e, à medida que a civilização assume formas cada vez mais complexas, a liberdade do indivíduo se restringe cada vez mais. Nós representamos um princípio novo no mundo, representamos a antítese nítida, categórica, definitiva da democracia [...], da monarquia, em suma [...], dos imortais princípios de 1789.
- O crescimento dos socialistas e os grandes empresários.
- A fundação de um novo partido político: Partido Nacional Fascista [1921]
Benito Mussolini, o Duce.
- Ou o governo restabelece a ordem, ou os fascistas o faria.
- Vittorio Emanuelle III e a Marcha sobre Roma.
- A invasão dos "camisas negras" vindos de várias partes da Itália.
- O convite e a nomeação de Mussolini como primeiro-ministro.
# Incentivava o vale-tudo às escondidas; usava a violência e a fraude nas eleições [1924]; supressão dos partidos políticos de oposição; fechou jornais; prendeu jornalistas; e criou uma polícia secreta [OVRA], que perseguia, prendia e assassinava adversários.
Antonio Gramsci: bloco histórico, hegemonia e intelectual orgânico.
- A aliança com a Igreja Católica: o Papa Leão XI e o Tratado de Latrão.
- Intervenção na economia: as elites e as classes médias ascendem e se consolidam, enquanto os operários enfrentaram os baixos salários, o desemprego e a inexistência de sindicatos.
NAZISMO
O Grande Ditador [1940]. de Charles Chaplin.
- O caos pós-guerra: inflação, desemprego, dívida externa.
- Os socialistas e as promessas de soluções rápidas e "mágicas".
- A fundação do Partido Nazista [1919] e a presença de Adolf Hitler.
- Hilter versus políticos liberais e Tratado de Versalhes.
- A criação das SA - Tropas de Assalta - para exterminar os adversários.
- A tentativa de tomar o poder, o fracasso e a prisão.
- A produção de um livro e de uma doutrina no cárcere.
# A superioridade ariana; o antissemitismo; e a expansão territorial.
- A repercussão da crise de 1929: fome, humilhação e falta de esperança.
- O crescimento repentino [1929-1932] e a simpatia de Hitler: militares e industriais.
- Hitler assume como chanceler, chefe de governo [1933].
- A vitória eleitoral dos nazistas e o uso excessivo da propaganda e da violência.
# Queima de livros; demissão de socialistas e democratas; perseguição aos judeus; titulação de Führer, guia/condutor; congelamento de salários; a valorização dos trustes, como o grupo Krupp; e aliança com a Itália fascista.
Os jogos olímpicos de Berlim [1936]
Os jogos e a "superioridade ariana"
# A construção do estádio pára 100 mil pessoas; Vila Olímpica para 4 mil atletas; e a contratação da cineasta Leni Riefensthal para exaltar os ideias nazistas.
# Indústrias de base (ferro, aço e máquinas); obras públicas; fábricas de armas; e nomeação de comandantes militares; controle sobre das Forças Armadas.
A vida de Adolf Hitler, produzido pela History Channel.
Os seguidores das ideias nazifascistas
- A Proclamação da República na Espanha [1931], a Falange e a Frente Popular.
- Franco, os nazifascistas e a instalação do franquismo.
Guernica [1937], de Pablo Picasso.
- Antônio de Oliveira Salazar: professor de economia e o salazarismo.
- Getúlio Vargas, Ação Integralista Brasileira e o Estado Novo.
O Neonazismo e o tempo presente...
Ameaça no Rio de Janeiro!
A comemoração de Giorgos Katidis, futebolista grego
O clássico recado de Chaplin!
"Anos felizes" e "1929"
- O privilégio dos EUA durante a Primeira Guerra e seu enriquecimento posterior: o fornecimento de armas e alimentos para nações europeias.
- O acúmulo de capitais estadunidenses e o aumento de impostos sobre os produtos estrangeiros.
- A década de 1920 e os "anos felizes": a prosperidade e o otimismo dos EUA.
- "A propaganda estimula o consumo e ajuda o crescimento do país".
- Os altos e frequentes investimentos na Bolsa de Valores de New York.
- A compra e a venda de ações e o lucro fácil dos acionistas e empresários.
- Adiante, os valores da ações não correspondiam às condições das empresas.
# Causas do crash: a concentração de riqueza nas mãos de poucos; o descompasso entre o crescimento dos salários e o aumento dos lucros; a concorrência entre os EUA e a Europa no mercado internacional - após a sua recuperação da Primeira Guerra; e a crise agrícola. [Crise de superprodução!]
# Consequências do crash: os agricultores perderam terras para bancos; indústrias faliram; enfraqueceram a produção; desprezaram a massa trabalhadora; o governo cortou gastos no exterior e parou de conceder empréstimos.
Louis Amstrong (1901-1971)
Nat King Cole (1919-1965) e Herbie Hancock (1940)
Billie Holiday (1915-1959)
Nina Simone (1933-2003) e Amy Winehouse (1983-2011)
- A presidência de Franklin Roosevelt e as ideias econômicas de John Keynes.
- New Deal: o Estado deve intervir na economia.
# Principais medidas: o investimento em obras públicas; a destruição dos estoques agrícolas; o controle sobre os preços e a produção; a diminuição da jornada de trabalho; fixou-se o salário mínimo e criou-se o seguro-desemprego e a aposentadoria.
- O desemprego diminuiu, a indústria e a agricultura foram recuperadas e a renda nacional voltou a crescer.
- Para alguns políticos autoritários, as democracias liberais eram incapazes de resolver os problemas sociais.
Revolução de 1917 e Brecht*
- O czar, monarca absolutista, e o seu imenso império russo: nomeava ministro, usava a censura sobre os meios de comunicação e a violência.
- As rebeliões camponesas e o fim da dinastia Romanov (1613-1917).
- A Rebelião de Pugatchev (1773-1775) e a resistência camponesa.
- O fim da servidão e a indenização por dezenas de anos.
- Os capitais estrangeiros alemães, franceses e belgas e a modernização da Rússia: exploração de petróleo, produção de aço, construção de ferrovias - a Transiberiana - e a industrialização e urbanização de São Petersburgo, Moscou e Kiev.
- O êxodo rual e as condições de trabalhos nas fábricas e indústrias.
# Salários baixos, insalubridade e jornada de 14 horas/dia!
# Greves, passeatas e aproximação e apropriação das ideias socialistas e anarquistas!
# O Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR)!
- Vladimir Ulianov, Lenin, e Lev Bronstein, Trotsky.
- Os bolcheviques, a revolução, e os mencheviques, a parceria com a burguesia.
- As consequências da guerra contra o Japão pela Manchúria (1904).
Majestade,
Nós, trabalhadores e habitantes de São Petersburgo, nossas mulheres, nossos filhos e nossos parentes velhos e desamparados, vimos à vossa presença, majestade, buscar verdade, justiça e proteção. Fomos transformados em pedintes, somos oprimidos, estamos à beira da morte. [...] Paramos o trabalho e dissemos aos nossos patrões que não recomeçaremos enquanto não aceitarem nossas reivindicações. Não pedimos muito: a redução da jornada de trabalho para oito horas, o estabelecimento de um salário mínimo de um rublo por dia e a abolição do trabalho extraordinário.
Os oficiais levaram o país à ruína completa e o envolveram numa guerra vergonhosa. Nós, os trabalhadores, não temos como nos fazer ouvir sobre a maneira como são gastas as enormes somas que nos são retiradas em impostos. [...]
Estas coisas, majestades, trouxeram-me diante de vosso palácio. Estamos procurando a nossa última salvação. Não recusai ajuda a vosso povo. Destruí o muro que se levanta entre vós e o povo. [...]
- O Domingo Sangrento e os sovietes - os conselhos de deputados eleitos.
- As dificuldades da guerra, o desemprego, a inflação e a fome.
- A culpa do Nicolau II, o saque a armazém e lojas e o apoio do exército.
Lenin, Trotsky e Stalin.
Governo Provisório
- Libertação de presos, retorno de exilados e liberdade de imprensa e associação.
- Lenin e "todo poder aos sovietes": deixar a guerra e repartir a terra.
- "Paz, terra e pão" e a Guarda Vermelha, comandada por Trotsky.
Lenin e a Guerra Civil
- Tratado de Brest-Litovsk (1918) e a paz com os alemães.
- O apropriação das terras da família real e da Igreja Ortodoxa.
- A estatização da economia: indústrias, bancos e estradas de ferro.
- A igualdade de direitos entre homens e mulheres.
- O Exército Branco e o auxílio inglês, japonês e dos EUA.
- A adoção do comunismo de guerra e o julgamento dos inimigos da revolução.
- A NEP e a economia: permissão da venda do excedente, estimulou a formação de pequenas e médias indústrias e a entrada de capitais estrangeiros, como empréstimos e/ou investimento.
# Tudo sob o domínio do Estado: indústria de base, comércio exterior, sistema bancário, transportes e meios de comunicações.
- O ditadura do Partido Comunista: decisões sem participação da sociedade, liberdade de imprensa suprimida, perda de autonomia dos sindicatos e dos sovietes, entre outras medidas.
- A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS (1922).
- O gigantismo da União Soviética e a nomeação de Stalin como secretário-geral.
- "Grande Irmão" e "Pai do Povo": Stalin e o uso o Estado para exaltar a identidade.
- A disputa entre Stalin e Trotsky: o possível sucessor de Lenin.
- Trotsky: a internacionalização da revolução socialista e a revolução permanente.
- "O Socialismo num único país": Stalin e a necessidade de consolidar o socialismo.
- Por meio de manobras políticas, Stalin expulsa Trotsky do partido e manda-o matar.
O encouraçado Potenkim (1925), dirigido por Sergei Enseinstein.
Ditadura Stalinista (1929-1953)
# Sistema de partido único, opressão às nacionalidades; burocratização do Estado; proibição da liberdade de imprensa e de pensamento; e julgamentos forjados.
OS CARTAZES SOVIÉTICOS
A nossa causa é justa. O nosso inimigo será esmagado!
Juro que derrotarei o inimigo!
A nossa bandeira! A bandeira da vitória!
Mulher liberada constrói o socialismo!
Glória ao nosso vitorioso exército vermelho!
Defenderemos a cidade de Lenin com todas as nossas forças!
Para ilustrar a implantação do Socialismo e sua manutenção, nada melhor do que uma pesquisa e seleção de alguns poemas de Bertolt Brecht (1898 - 1956) feita pelos alunos!
A VERDADE UNIFICA [Victor Ercílio, Bruno e Gabriel]
Amigos, gostaria que soubésseis a Verdade e dissésseis!
Não como cansados Césares fugitivos: amanhã vem farinha!
Mas como Lenine: amanhã à noitinha!
Estamos perdidos, se não...
Ou como se diz na cantiguinha:
Irmãos, como esta questão
Quero logo começar:
Da nossa difícil situação
Não há de escapar
Amigos, uma forte confissão
E um forte SE NÃO!
PRAZERES [João Vitor e Lucas Ferraz]
O primeiro olhar na janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialética
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos comodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar,
Ser amável.
Os da cidade falam do amor ao torrão
Aprenda mulher na cozinha!
Aprenda, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequente a escola, homem sem casa!
Arranje saber, homem com frio!
Faminto, pegue o livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:
Vê c´os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a paga.
Põe o dedo em cada parcela,
pergunta: como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
ELOGIO DO CONSUMISMO [Vittor e João Gabriel]
Ele é razoável. Todos o compreendem. Ele é simples.
Você, por certo, não é nenhum explorador. Você pode entendê-lo.
Ele é bom para vocês. Informe-se sobre ele.
Os idiotas dizem-no idiota e os porcos dizem-no porco.
Ele é contra a sujeira e contra a estupidez.
Os exploradores dizem-no um crime,
mas nós sabemos que ele é o fim dos crimes.
Ele não é a loucura e sim
o fim da loucura.
Não é o caos e sim
uma nova ordem.
Ele é a simplicidade.
NUNCA TE AMEI TANTO [Leonardo Franciscon]
Nunca te amei tanto, ma souer,
Como quando de ti parti naquele pôr-do-sol.
O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma souer,
Sobre que já pousavam as estrelas pálidas a oeste.
Não me ri nem um pouco, nada, ma souer,
Eu que a brincar ia ao encontro dum destino escuro -
Enquanto os rostos já atrás de mim
Devagar empalideciam no anoitecer do bosque azul.
Tudo era belo naquele anoitecer único, ma souer,
Nunca mais depois e nunca mais antes assim -
Verdade é: só me ficaram as grandes aves
Que ao anoitecer têm fome no céu escuro.
PRAZERES [João Vitor e Lucas Ferraz]
O primeiro olhar na janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialética
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos comodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar,
Ser amável.
ALGUMAS PERGUNTAS A UM HOMEM BOM [Lucca e Pedro]
Bom. Para quê?
Você não é corrupto,
Mas o raio que destrói a casa
Também não é corrupto.
Você jamais se desdiz.
Mas o que você diz?
Você é de boa fé
Declara sua opinião
Mas qual opinião?
Você tem coragem
Contra quem?
Você é um artista
Repleto de sabedoria
Pleno de talento
Para quem?
Você não visa o próprio interesse
O interesse de quem, então?
Você é um bom amigo,
de boa gente?
Então, escuta:
Nós sabemos que você é o nosso inimigo.
Por isso, vamos te encostar no paredão.
Mas, em consideração aos seus méritos
E às suas boas qualidades,
Num bom paredão.
E te fuzilar com boas balas
Disparadas por bons fuzis
E te enterrar
Com boa pá
Em terra boa.
O HORROR DE SER POBRE [Igor e Matheus]
Risco c´um traço
(um traço fino, sem azedume)
todos os que conheço, eu mesmo incluído.
Para todos estes não me verão
nunca mais
olhar com azedume.
O horror de ser pobre!
Muitos gabavam-se que aguentariam,
Muitos gabavam-se que aguentariam,
mas era ver-lhes as cara alguns anos depois!
Cheiros de latrina e papéis de paredes podres
Cheiros de latrina e papéis de paredes podres
atiravam abaixo homens de peitaça larga como toiros.
As couves aguadas
destroem planos que fazem forte um povo.
Sem água de banho, solidão e tabaco
Nada há que exigir.
O desprezo do público
arruína o espinhaço.
O pobre nunca está sozinho.
Estão todos sempre a espreitar-lhe para o quarto.
Abrem-lhes buracos no prato de comida.
Não sabe pra onde há-de ir.
O céu é seu teto, e chove lá pra dentro.
A Terra enxota-o. O vento não o conhece.
Nada é o dinheiro que se tem. Não salva ninguém.
Mas nada ajuda quem dinheiro não tem.
O ANALFABETO POLÍTICO [Gabriel Monte]
O pior analfabeto
é o analfabeto político
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimento políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio.
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
DOS RESTOS DE VELHOS TEMPOS [Vinícius e Pedro Maldonado]
Para exemplo ainda continua a Lua
nas noites por sobre os novos edifícios;
Entre as coisas de cobre é ela
a mais inutilizável. Já
as mães contam de animais,
chamados cavalos, que puxavam carros.
E verdade que quando se fala de continentes
já não são capazes de acertar com os nomes:
pelas grandes antenas novas
já dos velhos tempos
se não conhece nada.
Para exemplo ainda continua a Lua
nas noites por sobre os novos edifícios;
Entre as coisas de cobre é ela
a mais inutilizável. Já
as mães contam de animais,
chamados cavalos, que puxavam carros.
E verdade que quando se fala de continentes
já não são capazes de acertar com os nomes:
pelas grandes antenas novas
já dos velhos tempos
se não conhece nada.
NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR [Guilherme Santos, Kaique e Vinícius]
Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é hábito
como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parece natural.
Nada deve parecer impossível mudar.
O CAMPONÊS TRATA DAS LEIRAS [Gabriel Tocaxelli, João Cortês e Matheus Rodrigues]
O camponês trata das leiras
mantém em forma as vacas, paga imposto
faz filhos pra poupar criados
e está dependente do preço do leite.
Os da cidade falam do amor ao torrão
da sadia cepa campesina e
que o camponês é o fundamento da Nação.
Os da cidade falam do amor ao torrão
da sadia cepa campesina e
que o camponês é o fundamento da Nação.
Mantém em forma as vacas, paga impostos
faz filhos para poupar criados e
está dependente do preço do leite.
Aprenda, homem na prisão!
LOUVOR DO APRENDER [Matheus Branco]
Aprenda o mais simples!
Para aqueles cujo tempo chegou.
Para aqueles cujo tempo chegou.
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC! Não chega, mas
Aprenda o ABC! Não chega, mas
Aprenda-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprenda, homem do asilo!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprenda, homem do asilo!
Aprenda mulher na cozinha!
Aprenda, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequente a escola, homem sem casa!
Arranje saber, homem com frio!
Faminto, pegue o livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:
Vê c´os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a paga.
Põe o dedo em cada parcela,
pergunta: como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
SOBRE A TRAIÇÃO [Nicolas Oliveira]
Deve-se manter uma promessa? Deve-se fazer uma promessa?
Quando algo tem que ser prometido, não existe ordem.
Então, deve-se produzir essa ordem.
O homem não pode prometer nada.
O que o braço promete à cabeça?
Que continuará um braço e não se tornará um pé.
Pois a cada sete anos ele é outro braço.
Se um trai o outro, trai o mesmo ao qual prometeu?
Na medida em que alguém a quem algo foi prometido
se vê em circunstâncias sempre novas, e portanto muda
conforme as circunstâncias e se torna outro, como poderá
ser mantida a ele a promessa feita a um outro?
Aquele que pensa trai.
Aquele que pensa nada promete,
exceto que continuará sendo um homem que pensa.
ELOGIO DO CONSUMISMO [Vittor e João Gabriel]
Ele é razoável. Todos o compreendem. Ele é simples.
Você, por certo, não é nenhum explorador. Você pode entendê-lo.
Ele é bom para vocês. Informe-se sobre ele.
Os idiotas dizem-no idiota e os porcos dizem-no porco.
Ele é contra a sujeira e contra a estupidez.
Os exploradores dizem-no um crime,
mas nós sabemos que ele é o fim dos crimes.
Ele não é a loucura e sim
o fim da loucura.
Não é o caos e sim
uma nova ordem.
Ele é a simplicidade.
AULAS DE AMOR [Guilherme Isidoro]
Mas, menina, vai com calma
Mais sedução nesse grasne:
Carnalmente eu amo a alma
E com alma eu amo a carne.
Faminto, me queria eu cheio
Não morra o cio com pudor
Amo virtude com traseiro
E no travesseiro virtude por.
Muita menina sentiu perigo
Desde que o deus no cisne entrou
Foi com gosto ela ao castigo:
O canto do cisne ele não perdoou.
NÃO DEVERÍAMOS MOSTRAR-NOS TÃO CRÍTICOS
Não deveríamos mostrar-nos tão críticos
Entre o sim e o não
Não há tanta diferença como isso.
Escrever numa folha em branco
É bom
Mas não menos bom é dormir e comer à noite
A água fresca sobre a pele, o vento,
os fatos bonitos,
o ABC,
defecar.
Falar de corda em casa de enforcado
É contrário à boa educação
E marcar no meio do lixo
Uma nítida diferença entre
A argila e o esmeril
Não parece conveniente.
Ah,
E o que fizer alguma ideia
Do que é um céu estrelado
Esse
Pode muito bem calar o bico.
DE QUE SERVE A BONDADE [Gabriel Baz e Leonardo]
De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?
De que serve a liberdade
Quando os livres têm que viver
entre os não-livres?
De que serve a razão
Quando só a sem-razão arranja a comida
de que cada um precisa?
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível
a bondade, e melhor; a faça supérflua!
Em vez de serdes só livres, esforçai-vos
Em vez de serdes só livres, esforçai-vos
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade faça supérfluo!
Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos
Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos
Por criar uma situação que faça da sem-razão
dos indivíduos um mau negócio!
Temam menos a morte e mais a vida insuficiente. [Matheus Fraiole]
* É preciso saber o que é Socialismo!
- Século XVIII: a industrialização e o movimento operário.
- Karl Marx: da luta de classes à revolução do proletariado.
- Karl Marx: da luta de classes à revolução do proletariado.
- Alguns conceitos marxistas: exploração, mais-valia e alienação.
Clássicos da Sociologia: Karl Marx.
O Barroco brasileiro
Igreja São Pedro dos Clérigos (Fachada) - Recife/PE
[Beatriz Nunes]
Igreja São Pedro dos Clérigos (Altar) - Recife/PE
[Thainá Souza]
Basílica Nossa Senhora do Carmo - Recife/PE
[Guilherme Guidi]
Igreja de São Bento - Olinda/PE
[Bruna e Marcella]
Igreja de São Francisco (Fachada) - Salvador/BA
[Juliana Mayumi e Lívia Tadei] [Arthur Leite]
Igreja e Convento de São Francisco (Interior) - Salvador/BA
[Guilherme R. e Caciquinho] [Marina e Alícia] [Ana Lúcia] [Letícia]
Nossa Senhora (Sacristia) - Século XVIII
[Victoria e Gabrielly]
Igreja Nossa Senhora do Rosário - Andrelândia/MG
[Rafael Maidana]
Bandeira da procissão de cristo, de Joaquim José da Natividade
[Pedro Comuana e Renan Chuqui]
Bandeira da procissão de cristo, de Joaquim José da Natividade
[Pedro Comuana e Renan Chuqui]
Igreja de São Francisco (Aleijadinho) - São João del-Rei/MG
[Júlia e Carol]
Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas/MG
[Larissa e Giovanna]
Obra de Aleijadinho
[Gabriela Ohl]
Congonhas/MG
Igreja de São Francisco de Assis - Ouro Preto/MG
[Luan e Vinícius - Tainá e Natasha]
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - Rio de Janeiro/RJ
(Autores: Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito)
[Marcela e Luisa] [Isabella e Stephanie] [Fabiano e Gustavo] [Enzo, Luan e Matheus]
Complexo do Convento de Santo Antônio - Rio de Janeiro/RJ
[Daniel e Diego]
Mosteiro de São Bento - Rio de Janeiro/RJ
[Fabiana, Júlia e Márcio Ribeiro]
Alta-mor do Mosteiro de São Bento - Rio de Janeiro/RJ. [?]
[Beatriz e Ana Luiza]
Carregando...
Sem título [Fernanda Portella]
Sem legenda [Roberto Lino]
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