A África, o baobá e a escravidão


O baobá. Uma das maiores e mais antigas árvores do mundo. Símbolo de Madagascar e com poucas espécies espalhadas pelo mundo. Ela pode viver até 6000 anos. De poucas folhas e tronco muito largo, é capaz de reservar até 120 mil litros de água em seu interior. Fica desfolhada por nove meses e dar flor apenas uma vez ao ano - de péssimo cheiro. O seu fruto, mukua, é rico em vitamina C, potássio e cálcio e suas folhas têm propriedades medicinais. A casca serve para fazer instrumentos de corda e tecido.


Para religiosos, o baobá liga o mundo sobrenatural ao mundo material. Pode até servir como templo em alguns rituais. Os Griots, por exemplo, gosta(va)m de contar histórias, preservar canções e tomar decisões nas suas proximidades. Chegavam até a embalsamar e sepultar seus melhores dentro dela para conservar a sua memória; a sua existência. É a árvore do Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Um baobá brasileiro serviu de inspiração...



Conta a tradição que, antes de serem embarcados, os prisioneiros vendidos aos negreiros como escravos eram obrigados a dar voltas em torno de um baobá, a "Árvore do Esquecimento", para perder a memória de seus vínculos de família, língua ou costumes e seu pertencimento a um lugar e uma cultura, garantindo que não recaísse sobre seus algozes a culpa por seus sofrimentos.


Os desenhos de baobás são tão diversos
como as etnias do continente africano...




... porque a África não é um país
e os africanos não são todos iguais!


Roma Antiga [Parte 2]

[A imagem abaixo está linkada a uma lista dos imperados romanos! Confira...]


# A máxima extensão do Império Romano, sob a liderança de Trajano!


A crise imperial

- Século III: a desigualdade entre as províncias romanas e a redução das guerras.
- As invasões bárbaras, o aumento dos impostos e a insatisfação popular.
- A ampliação da cidadania romana: os honestiores, "mais honestos", e os humiliores, "mais humildes".


# Diocleciano e a formação de uma tetrarquia: dois Augustos e dois Césares.
# Constantino e a concessão da liberdade de culto: o Édito de Milão.
# Teodósio e a divisão do Império: Romano do Oriente (Bizâncio) e do Ocidente (Ravena/Milão).
# A deposição de Rômulo Augusto, o último imperador romano do Ocidente [476].


- O esvaziamento das cidades e o início do processo de ruralização.
- O surgimento dos colonos e sua transformação em servos.
- A formação dos primeiros reinos [Século VI].


- O Império Romano do Oriente, o poder de Justiniano, a questão iconoclasta e o Cisma do Oriente.


Religião, família e educação

- O politeísmo e as influências etruscas, gregas, africanas e asiáticas.
- A grande família: pais, filhos, escravos e e libertos.
- O patriarcalismo e a organização dos casamentos - estratégia para aumentar o patrimônio.
- As separações durante a longa ausência dos maridos por causa das guerras.
- A formação das crianças de famílias ricas e a nutriz, a amamentadora, e o nutridor, o pedagogo.
- As meninas paravam de estudar na puberdade e podiam aprender ofícios domésticos e artesanais e casar-se, enquanto os meninos poderiam optar pela vida política ou militar.
- As famílias pobres, o analfabetismo e a aprendizagem do ofício pelo exemplo e pela convivência.

Do politeísmo ao monoteísmo


- As pregações de Jesus como ameaça às lideranças políticas judaicas.
- A crença no Deus único e no messias, a igualdade, o amor ao próximo e a Bíblia.
- As provas de fé, as perseguições romanas e o aumento de fiéis.
- O moralismo religioso e as noções de pecado e de salvação.
- O Édito de Tessalônica [Teodósio] e a conversão imperial.




Artes  e diversões romanas

- A influência dos etruscos e a importância do desenvolvimento do arco.


Os banhos e as termas.

- As técnicas de pintura, o destaque do mosaico e a influência etrusca e grega nas esculturas.


- A Literatura e a produção de livros de história, romances, cartas, tratados de filosofia, retórica e religião, poesias e peças de teatro.
- As corridas de bigas e quadrigas, as lutas de gladiadores - escravos e condenados, torcidas e apostas - e o teatro.
- A política do pão e circo e as diversões como instrumentos para distrair e controlar o povo.


Não esqueçam da nossa discussão entre as lutas dos gladiadores, a espetacularização da violência e as semelhanças com algumas modalidades contemporâneas...


Para finalizar as discussões sobre a Roma Antiga, assista ao vídeo da série Construindo um Império, produzido pelo The History Channel!


Roma Antiga [Parte 1]

Antes de tudo, observe essa animação. Ela consegue apresentar toda a caminhada da Roma Antiga: da sua formação ao final do Império e sua divisão! Preparados para compreender como estavam organizados e como pensavam esses romanos?


- As aldeias dos latinos no Monte Palatino [Século X a.C.] e o contato com outros povos.
- Os contatos comerciais dos etruscos e a formação de famílias ricas, latinas e sabinas.
- A influência etrusca e o desenvolvimento de Roma [canais de drenagem e mercados].

Povos peninsulares


Os patrícios [patres, pais e chefes de família]: os descendentes dos fundadores de Roma, proprietários de terras e gado e integrantes do exército.
Os plebeus [plebs, multidão]: os agricultores e artesãos que trabalhavam para os patrícios, excluídos da vida política da cidade - mesmo enriquecendo.
Os clientes: os pobres, escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos, dependentes dos patrícios [protegidos, mas sem direitos].
O rápido crescimento dos escravos durante o período republicano e imperial.

Monarquia romana

- Os reis etruscos eram eleitos pelos chefes das famílias patrícias, pelo Senado.
- Era preciso a aceitação pelos guerreiros até 45 anos, pelos comícios curiais [Comitia curiata].
- Os reis, sem poderes ilimitados, não poderiam ignorar o Senado.
- Os conflitos dos etruscos com os cartagineses [ao sul] e os gauleses [ao norte].
- A escravidão por dívidas e os (novos) problemas sociais.
- A expulsão dos etruscos: enfraquecidos pelas guerras e opositores dos patrícios.

República romana

- O Estado como um bem público.
- A substituição do rei por dois cônsules, escolhidos pelos patrícios por um ano.
- As Assembleias por Tribo [local de origem], por Centúrias [por renda e participação no exército] e da Plebe [apenas plebeus].
- Os patrícios elegiam e podia se eleger como magistrados e os senadores, enquanto os plebeus apenas elegiam. (E a exclusão das mulheres e dos escravos...)
- A questão do voto censitário: o voto dos patrícios valiam mais do que o dos plebeus.
- Os magistrados: questores [tesouro], édis [serviços públicos], pretores [justiça] e censores [controle da população e despesas públicas].


- O prejuízo dos pequenos proprietários rurais ao participar do exército durante o período de plantio e colheita.
- Os interesses dos plebeus ricos em ter acesso às magistraturas e formarem famílias com patrícios.
- As conquistas da plebe: o tribuno da plebe, a Lei das Doze Tábuas, a candidatura ao cargo de cônsul, o fim da escravidão por dívida e os plebiscitos.
- A formação da nobilitas: famílias formada por patrícios e plebeus enriquecidos.


Simultaneamente aos conflitos entre patrícios e plebeus, os romanos conquistaram toda a península...

- O interesse por rotas de comércio e terras.
- O confronto entre os romanos e os cartagineses [de Cartago, cidade fundada pelos fenícios].
- As Guerras Púnicas: a Primeira [vitória cartaginese por mar], a Segunda [vitórias de Aníbal e derrota na Batalha de Zama] e Terceira [os romanos adquirem o controle do Mediterrâneo].









- Os grandes beneficiados com os espólios de guerra foram os integrantes da nobilitas.
- O grupo social dos cavaleiros: os cobradores de impostos e os comerciantes das áreas conquistadas.
- As transformações econômicas e a aliança entre cartagineses e macedônios.
- O aumento da escravidão e a revolta dos escravos [Espártaco].


- Tibério Graco e a ideia de reforma agrária [limite de tamanho e doação aos pobres].
- A resistência da elite romana e a rebelião patrícia [e a morte de Tibério].
- Caio Graco [irmão de Tibério] e a extensão da cidadania aos povos aliados [morto, na sequência].


- As conquistas longas e distantes e a necessidade de reorganizar o exército.
- A cavalaria, a infantaria e voluntários remunerados [por isso, mais fiéis aos generais].

Legionários romanos

Primeiro triunvirato

- Acordo entre Júlio César [destacou-se sobre a Gália] e os generais Pompeu e Crasso.
- A morte de Crasso e a rivalidade entre Pompeu e Júlio César.
- Pompeu foi morto no Egito e Júlio César foi declarado ditador pelo Senado.

Júlio César, Pompeu e Crasso

Segundo triunvirato e o início do período imperial

- A morte de Júlio César e a formação de um novo triunvirato: os generais Marco Antônio, Otávio e Lépido - todos seguidores de César.
- A vitória dos exércitos de Otávio sobre os de Marco Antônio e a ausência de ambição política de Lépido.
- O assassinato de Marco Antônio e a proclamação de Otávio Augusto, título de caráter sagrado.
- A pax romana: reorganização das fronteiras, pacificação dos povos e fortalecimento do exército.


Para organizar as informações, assista aos vídeos da série Grandes Civilizações, da TV Escola!



Brasil Colonial [Parte 1]


- O pioneirismo português: das colônias africanas e americanas à Índia e ao Extremo Oriente.
- Diversidade de relações: comerciais [África], coloniais [América], de conquista [Ceuta e Calicute] e diplomáticas [Extremo Oriente].


# Especiarias: ouro, trigo, marfim, cavalos, cevada, aveia, açúcar, pimenta-malagueta, corantes, tecidos, peles, âmbar, cerâmicas finas, cobre, ferro, pérolas, sândalo, arroz, pedras preciosas, sal, almíscar, tâmaras, canela, cravo, noz-moscada, cardamomo, açafrão, aloés, cânfora, metais, algodão, seda, pau-brasil, fumo, couro, anil e aguardente.


Período Pré-Colonial [1500-1530]

- A não-descoberta de metais preciosos e a valorização do comércio de especiarias orientais.
- O escambo com os indígenas e a exploração de pau-brasil.
- A instalação de feitorias no litoral americano.

# A desvatação predatória!

- A desvalorização do comércio de especiarias indianas, a ameaça de invasões e a descoberta de metais preciosos pelos espanhóis.
- As guerras justas: a tentativa de escravização indígena e a noção de gentil.

# O sucesso do comércio de escravos africanos e a sua experiência com a produção açucareira.


A estratégia das capitanias hereditárias


Fundação de São Vicente, por Benedito Calixto.

- Martim Afonso de Souza: a expulsão dos franceses a fundação da primeira vila: São Vicente [1532].
- A divisão do território em quinze lotes de terra [São Vicente - Norte e Sul].
- As responsabilidades do donatário: a carta de doação e o Foral [fundar vilas, cobrança de impostos, aplicação da lei, defesa territorial e expansão da fé católica].
- A concessão de sesmarias aos senhores de engenho.
- O sucesso econômico de, apenas, Pernambuco e São Vicente.
- A dificuldade de comunicação e transporte na colônia e com a metrópole.

 

# Observe a crítica da charge sobre o poder de minorias sobre as terras - e seus habitantes.

A estratégia do governo geral


- A centralização do poder e a primeira capital: Salvador.
- A chegada de altos funcionários e de jesuítas [da Companhia de Jesus].
- A implantação de câmaras municipais [regular e supervisionar as construções, fixar penas para ausentes nas procissões, proteger a ordem, entre outros] e a atuação dos homens-bons [portugueses - ou seus descendentes - e proprietários de terras e escravos].

A estrutura das vilas e os arredores das câmaras municipais [São Sebastião]

Modelo de desenvolvimento: o engenho

- Pré-requisitos para a instalação: solo fértil, mão-de-obra experiente e escravidão negra e africana muito lucrativa.
- A noção de plantation: latifúndio, escravocrata, monocultor e exportador [O LEME da colonização portuguesa].
- Os dois tipos de lavradores de cana, os obrigados e e os livres, e os arrendatários.
- O processo da produção açucareira e a participação dos holandeses.
- Os trabalhadores especializados: o feitor, o mestre de açúcar, o purgador, o caixeiro, entre outros.
- As estruturas do engenho: pólo econômico e social da colônia.


Mercado interno

- A criação de gado [couro, carne e leite] e o povoamento do interior.
- O consumo de carne seca e a produção de fumo e algodão.
- A importância da navegação e a policultura: a mandioca, o milho e o feijão, principalmente.
- A atuação do bandeirismo e a descoberta de ouro, mais adiante.


A União Ibérica, a invasão holandesa e o início da crise colonial

- A aproximação entre holandeses e a produção açucareira colonial.
- A rivalidade entre Espanha e Portugal e a morte de Dom Henrique.
- Os laços de Filipe II, rei da Espanha, com o finado rei lusitano.
- A submissão de Portugal à Espanha [1580 a 1640] e rivalidade entre Espanha e Holanda.
- A crise da produção açucareira e os interesses dos flamengos [Companhia das Índias Ocidentais].


# Primeira invasão: Salvador [1624] e a resistência da capital.


# Segunda invasão: Pernambuco [1630] e o domínio de Maurício de Nassau.


- O empréstimo aos senhores de engenho e a saída da crise açucareira.
- O desenvolvimento urbano, científico e artístico de Recife e a tolerância cultural e religiosa.
- D. João IV, o período da Restauração e a expulsão dos holandeses [Insurreição Pernambucana - 1645].
- A cobranças dos empréstimos concedidos como ponto de partida para as batalhas.
- As batalhas dos Guararapes, a Capitulação da Campina da Taborda [1654] e a retomada lusitana [1661].

Batalha dos Guararapes (1875-1879, de Victor Meirelles.

# A resistência escrava e o destaque do Quilombo dos Palmares [Zumbi].

Visite o Parque Memorial Quilombo dos Palmares!

Para saber mais de Brasil Colonial com o auxílio de Boris Fausto...


Brasil Colonial [Parte 2]

- O poder do homem, branco, cristão e heterossexual.
- Pequena elite possuidora de privilégios políticos, econômicos e sociais.
- A casa-grande, no interior, e o sobrado, nos pequenos centros urbanos.
- Ambientes não muito luxuosos e alimentação menos sofisticada.
- A onipresença da fé católica: na capela ou no oratório.
- Os mais ricos moravam nas vilas e contratavam administradores.


- O moralismo católico e os desvios sociais: as traições e a miscigenação.
- O apadrinhamento, o incesto e o homossexualismo.
- As relações de confianças e a "troca de favores".

 

# Gilberto Freyre: a impressão da convivência pacífica e a noção da integração racial.
# Jacob Gorender: a violência da escravidão e reprodução da exploração e dominação.

- Os diálogos entre a colônia lusitana e os ingleses por meio de invasões.

As contribuições holandesas

- Evolução urbanística: praças, pontes e edifícios; ruas e calçadas.
- A realização de estudos científicos e a construção de um observatório astronômico.
- As representações artísticas de Eckhout e Post como fotografias coloniais.
- A experiência da tolerância cultural e religiosa e a influência protestante.


# Veja algumas produções de Albert Eckhout e Frans Post!

A cultura afro-brasileira e o sincretismo religioso

- A troca por tecidos, tabaco, metais, ferramentas, aguardente, cavalos e armas.
- A viagem nos tumbeiros [35 (PE) e 60 (RJ) dias] e a exposição nos pelourinhos.
- A aquisição de um escravo como a compra de uma "peça".
- Os escravos boçais [produção açucareira] e ladinos [trabalhadores especializados].
- A retirada forçada da África, o trabalho pesado e a alimentação precária.
- A desagregação das famílias e das nações africanas e os castigos frequentes.
- Instrumentos de tortura: chicotes, gargalheiras, máscaras de flandres, algemas, correntes e palmatórias.


- Alternativas de resistência: banzo, roubando pertences, quebrando máquinas e ferramentas...
- ... assassinatos de feitores, capitães do mato e familiares dos senhores, aborto e suicídio.
- A fuga exigia um bom conhecimento dos arredores.
- As senzalas: construções de paredes de barro e cobertura de sapé.
- A pouco privacidade: espaços individuais pequenos e divisórias de palha.
- Os escravos, periodicamente, recebiam roupas ou tecidos.

# Conheça melhor a condição dos escravos pelos olhos e produções de Rugendas!







- A culto aos deuses africanos e a dominação católica.
- O sincretismo religioso e relação entre deuses africanos e santos católicos [necessidade vital].
- A participação dos negros africanos em festas e eventos católicos.
- O sagrado nas manifestações culturais dos negros e mestiços como possibilidade.



- O ritual sagrado como festa: instrumentos percussivos, culinária específica e muita dança.
- As principais religiões afro-brasileiras contemporâneas: o candomblé e a umbanda.

Terreiro do Gantois [Bahia]

Centro de Umbanda Dona Rosa de Oxum [São Paulo]

- As políticas compensatórias como reflexo da noção de dívida social.


 
Para negros e estudantes de escolas públicas, entre outros.

As particularidades indígenas

- As atividades masculinas: a guerra, a caça e os rituais.
- A poligamia, a nudez e os ornamentos - adereços e perfurações.
- O canibalismo tupinambá como ritual de fortalecimento do vencedor.


# A propagação das crenças da Jurema nos rituais das religiões afro-brasileiras.


# Saiba mais sobre os conflitos atuais entre os Guarani-Kaiowás e os fazendeiros do Mato Grosso do Sul. Mais de cinco séculos de genocídio indígena! [Imagem linkada a uma matéria sobre o tema...]


Para complementar...